Legionelose: mitigação e controlo – Parte II

Fotografia: Drew Hays_Unsplash

Este artigo dá continuidade ao trabalho “Legionelose: mitigação e controlo”, publicado pelos autores na Avac Magazine nº 5, que reunia a informação disponível sobre o problema e elencava medidas preventivas com vista a evitar ou minimizar a sua ocorrência. Nesta segunda parte detalham-se os aspetos a ter em conta na conceção e remodelação de instalações e na escolha dos materiais e equipamentos.

Projetos de Instalações

A conceção correta de novas instalações - ou a remodelação de instalações mais antigas - e a escolha dos materiais e equipamentos adequados são essenciais para minimizar o risco de infeção. Os princípios gerais a ter em consideração são os seguintes:

  1. Todos os sistemas devem ser concebidos e construídos de forma a serem acessíveis para a sua correta limpeza e desinfeção.
  2. Ao projetar e construir sistemas de água, não deve ser utilizado nenhum material que possa suportar o crescimento de fungos ou bactérias. A madeira, algumas as borrachas naturais, os compostos para juntas feitos de fibras naturais - como o cânhamo, o linho, a juta e a estopa - e materiais como a uralite e o chumbo - são os exemplos mais notáveis. Em geral, os materiais escolhidos devem ser o cobre, o aço inoxidável, o polipropileno, o PVC e outros materiais sintéticos autorizados.
  3. Nos sistemas de água quente sanitária, é de capital importância a estanquidade do sistema, para impedir a entrada de água proveniente de fontes externas; a ausência de isolamento ou de troca de calor nos sistemas de água fria; e a ausência de reservatórios secundários pouco utilizados tal como becos sem saída e de zonas de fluxo intermitente.
  4. Qualquer equipamento que possa gerar aerossóis de água potencialmente contaminada deve ser evitado tanto quanto possível.
  5. A temperatura da água fria deve ser mantida abaixo de 20 °C, se as condições climatéricas o permitirem. Assim, as tubagens devem estar equipadas com o isolamento térmico adequado e devem estar separadas das fontes de calor e das tubagens quentes.
  6. A temperatura das AQS deve ser mantida acima de 50 °C no ponto mais afastado do circuito, ou no tubo de retorno. A instalação deve permitir que a água atinja uma temperatura de 70 °C, para garantir a eventual desinfeção.
  7. Nos sistemas de climatização, a torre de arrefecimento deve ser facilmente acessível para limpeza e desinfeção. Os tabuleiros de condensação devem ter uma inclinação adequada e uma curva em U para evitar acumulações e refluxos. (...)

Por Claudio Pereira Khan e Enrique Galán Pascual, Belimo Ibérica

Artigo completo em Avac Magazine nº 6 out/dez 2023

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