Estudo destaca o impacto da cadeia do frio na redução do desperdício alimentar

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Christina Genet
Desde 2020, a China tem vindo a implementar um programa de investimentos para melhorar as infraestruturas logísticas de transporte de alimentos após a colheita. Um estudo publicado no Journal of Cleaner Production analisou os efeitos destas políticas.
O desenvolvimento da cadeia do frio na China tem tido um efeito muito positivo no rendimento pós-colheita, revela um estudo de uma equipa de investigadores do Ministério da Agricultura chinês e da Universidade de Agricultura de Pequim, publicado no Journal of Cleaner Production. Em 2022, as perdas de frutas e produtos hortícolas após a colheita poderiam assim ser reduzidas em 13 %.
A partir de 2020, o Ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais da China lançou a construção de infraestruturas logísticas para facilitar o transporte de alimentos, desde as zonas rurais até aos centros urbanos. O objetivo era reduzir o desperdício e apoiar as empresas emergentes do setor nesta fase pós-colheita. Por essa razão, os autores do estudo procuraram analisar os efeitos desta política agrícola de promoção das instalações de armazenamento refrigerado.
Os investigadores observaram a criação de uma capacidade adicional de armazenamento de 12,5 milhões de toneladas entre 2020 e 2022, o que resultou diretamente numa diminuição de 13 % de desperdício de alimentos após a colheita. Estimam ainda que o prosseguimento destes investimentos públicos na cadeia do frio possa gerar uma redução adicional das perdas de 30 % até 2030.
Entre os outros resultados do estudo, destaca-se não só a melhoria dos rendimentos económicos diretos dos agricultores, mas também a diminuição das emissões de CO2 durante o processo de produção, estimada em 4,7 milhões de toneladas.
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