Relembrando a excelente evolução do AVAC-R em Portugal
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Começando pelo ensino de Engenharia em Portugal, nos anos sessenta, havia apenas cursos no Instituto Superior Técnico, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e nos Institutos Industriais.
No IST, onde estudei, começou nessa altura uma grande modernização do curso de Engenharia Mecânica, modernização liderada pelo Prof. António Gouvea Portela, passando a haver uma forte aposta na especialidade de Termodinâmica Aplicada, com o Prof. Delgado Domingos e o Prof. António Falcão (noto que neste artigo vou referir muito poucas pessoas; muitas, importantes, que admiro, não são referidas, mas não estão esquecidas).
Começava-se então, no IST, a abordagem de temas da climatização e refrigeração na Engenharia Mecânica, mas na vertente mais teórica, bastante distante da prática. No campo do projecto de AVAC, começou também a haver engenheiros envolvidos, começando, se não estou em erro, com engenheiros electrotécnicos, que começaram a projectar obras de referência como grandes bancos (como o Engº Sá Borges) e hotéis (hotel Ritz - Engº Camacho Simões).
Esse desenvolvimento no projecto trouxe o aparecimento de instaladores de qualidade, como Fonseca e Seabra, a Nunes Correia e a Luso Italiana, fazendo aparecer técnicos de grande competência, que fizeram escola. Eram instaladores que muitas vezes concebiam também as instalações. Nessa fase havia muito poucos projectistas e a fiscalização por parte dos Donos de Obra era incipiente...
Por José Galvão Reles, projetista de Avac desde 1980
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