Projeto visa substituição de equipamentos de aquecimento antigos e ineficientes

O projeto Europeu “HARP: Heating Appliances Retrofit Planning”, financiado pelo instrumento Horizon2020, teve o seu arranque em maio de 2019 e vai terminar em julho de 2022.

Este projeto visa motivar os consumidores para o planeamento da substituição dos equipamentos de aquecimento antigos e ineficientes que dispõem nas suas casas, por uma solução moderna, combinando a eficiência energética e as fontes de energia renovável.

O projeto HARP promove, desta forma, a aceleração da modernização do stock de equipamentos de aquecimento dentro da União Europeia, enquanto fornece uma contribuição significativa para o cumprimento dos objetivos de eficiência energética da própria União Europeia.

A ADENE – Agência para a Energia é a entidade coordenadora do consórcio, composto por um total de 18 parceiros distribuídos por cinco países – Portugal, Itália, França, Bélgica e Alemanha –, que agrega competências e conhecimento ao nível europeu em matérias de eficiência energética e mecanismos de etiquetagem energética.

A última reunião entre os 18 parceiros desta iniciativa decorreu no passado 30 e 31 de maio, em Lisboa.

“Num momento em que a transição energética se assume como um dos pilares europeus, é fulcral trabalhar este tema uma vez que é responsável por cerca de 80 por cento do consumo energético nas habitações na Europa. É vital conhecer os equipamentos que temos em casa para poder planear a sua substituição por soluções mais eficientes e idealmente que recorram a energias renováveis. É neste contexto que o HARP deu um importante contributo, na definição das metodologias de classificação energética de equipamentos de aquecimento existentes, harmonizadas com os regulamentos europeus em vigor para novos equipamentos desde 2015”, lê-se em comunicado da ADENE.

A reunião teve como principais objetivos a apresentação e análise dos principais resultados, a identificação dos documentos a entregar na reta final do projeto, os seus responsáveis e intervenientes, garantindo o alinhamento com todo o consórcio, bem como iniciar o procedimento de reporting global.

Um dos pontos essenciais foi a discussão da integração destas metodologias de classificação energética nas políticas públicas dos vários estados-membros, com destaque para a uniformização destas metodologias no contexto da certificação energética de edifícios.

“Ainda houve espaço para consideração sobre os procedimentos de manutenção destes equipamentos e enquanto instrumento de apoio à definição de novos incentivos à eficiência energética, priorizando a substituição dos equipamentos de aquecimento mais ineficientes, e apoiando os consumidores que mais necessitam”, referiu a Agência para a Energia.

Para a coordenadora na direção de Projetos Técnicos da ADENE e do projeto HARP, Joana Fernandes, este foi um projeto muito desafiante: “Desde a dinâmica do consórcio constituído por 18 parceiros de diferentes backgrounds, aos desafios de comunicar em pandemia e abordar de um modo atrativo o tema do aquecimento eficiente”.

A coordenadora disse ter sido um projeto enriquecedor que conseguiu com sucesso disponibilizar ferramentas que permitem apoiar a substituição planeada e consciente dos equipamentos de aquecimento por soluções mais eficientes, contribuindo assim, de forma alargada, para a descarbonização deste setor.

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