Projeto CoolLIFE pensa o futuro do arrefecimento sustentável

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Enquanto a procura por sistemas de ar condicionado continua a crescer com ondas de calor cada vez mais frequentes, o projeto CoolLIFE promove o arrefecimento sustentável em edifícios e analisa o estado atual da situação na União Europeia.

Com o aumento das temperaturas extremas, o projeto europeu CoolLIFE visa repensar o futuro do arrefecimento de espaços em edifícios. Considera soluções de arrefecimento na sua diversidade, para além dos sistemas de ar condicionado, começando pelos hábitos de vida e pela avaliação das necessidades. Para tal, está a desenvolver ferramentas open-source para mapear e promover sistemas de arrefecimento sustentáveis nos edifícios do espaço europeu. A iniciativa é coordenada pela Eurac Research e apoiada pelo programa LIFE da União Europeia. 

Os investigadores do projeto estimam que os sistemas de ar condicionado representam cerca de 3 % do consumo energético final na Europa, tendo em conta que são utilizados apenas durante algumas semanas por ano, ao contrário dos sistemas de aquecimento. Mas num contexto de vagas de calor cada vez mais intensas, a procura por ar condicionado – com uma pegada carbónica significativa – deverá aumentar no futuro. Por isso, a iniciativa considera urgente promover o arrefecimento sustentável nos edifícios, enfrentando simultaneamente vários desafios.

Alternativas sustentáveis ao ar condicionado

Atualmente, a taxa de renovação dos edifícios na Europa é estimada em cerca de 1% ao ano. Isto dificulta a introdução de soluções de arrefecimento sustentável, especialmente em edifícios existentes. Embora possam ser integradas em projetos de reabilitação já previstos – como a instalação de sombreamento durante a renovação de uma fachada – nem sempre o são, pois o foco está geralmente na estrutura ou no aquecimento. 

Os membros do CoolLIFE observam que a perceção de que o ar condicionado é a única resposta, aliada à falta de informação e à fragmentação entre políticas europeias, nacionais e municipais, dificulta uma abordagem integrada e eficaz ao arrefecimento sustentável. No entanto, a União Europeia tem vindo a implementar vários regulamentos nesta área.

Acompanhamento do arrefecimento sustentável na UE

Normas como a rotulagem energética, o ecodesign e a regulamentação dos gases fluorados, revistas regularmente, acompanham a inovação tecnológica e promovem alternativas mais eficientes na UE. Paralelamente, diretivas como a do Desempenho Energético dos Edifícios (EPBD) obrigam os Estados-Membros a considerar o arrefecimento nos cálculos de desempenho, embora raramente conduzam a medidas específicas, dada a sua baixa representatividade no consumo total. 

Além disso, a União Europeia tem exigido que os Estados-Membros elaborem avaliações e planos locais para o aquecimento e arrefecimento, promovendo simultaneamente edifícios mais resilientes ao clima e metas obrigatórias para aumentar o uso de energias renováveis nestes setores.

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