Poluição do ar interior aumenta o risco de patologias oculares

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Christina Genet
Um estudo de investigadores chineses da Universidade Florestal do Sudoeste em Kunming destaca como a exposição crónica a poluentes atmosféricos pode afetar os olhos humanos.
Já se sabe há algum tempo que uma má qualidade do ar interior pode ter efeitos nefastos para a saúde. Um grupo de investigadores da Universidade Florestal do Sudoeste em Kunming na China foi mais longe e analisou de que forma este tipo de poluição pode provocar o desenvolvimento de patologias oculares, num artigo publicado na revista científica Chemosphere.
Comichão, inchaço, olhos secos – quando os olhos estão diretamente expostos a irritantes transportados pelo ar, podem surgir vários efeitos crónicos. Atualmente, esta situação tornou-se uma questão de saúde pública, uma vez que passamos cerca de 90% do nosso tempo em ambientes interiores. As partículas poluentes podem ter origens diversas, humanas ou naturais, mas são os irritantes de origem humana, mais presentes no interior, que representam um maior risco de consequências negativas para a saúde.
Exposição ao fumo do tabaco pode provocar conjuntivites
A maioria dos estudos realizados até à data tem-se focado na relação entre a poluição do ar interior e as doenças respiratórias e cardiovasculares. No entanto, a superfície ocular é a primeira barreira dos olhos humanos face aos poluentes do ar, o que os torna particularmente vulneráveis. Por essa razão, a equipa de investigadores chineses procurou concentrar-se especialmente nesta parte do corpo humano.
Os autores resumiram os impactos adversos da poluição interior – nomeadamente compostos orgânicos, metais pesados e exposição ao fumo do tabaco – e como estes podem afetar os olhos e contribuir para o desenvolvimento de olhos secos, conjuntivite, glaucoma e cataratas. Além disso, outras investigações mencionadas no artigo científico revelaram uma associação entre a poluição do ar a ocorrência de inflamações crónicas.
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