Falecimentos devidos ao calor triplicaram no verão de 2025

FOTO JONAS WECKSCHMIED/ UNSPLASH

Christina Genet

A procura por equipamentos de ar condicionado tem aumentado de forma exponencial em paralelo com a subida das temperaturas e poderá ajudar a limitar o número de vítimas das ondas de calor.

Enquanto este verão foi marcado por várias ondas de calor, o mês de julho de 2025 foi classificado pela Organização Meteorológica Mundial como o terceiro mais quente depois de 2023 e 2024. Esta subida das temperaturas já constitui uma nova crise de saúde pública, sublinha um estudo de investigadores do Imperial College London: o número de falecimentos devidos ao calor em grandes cidades europeias triplicou. Durante uma única onda de calor de dez dias ocorrida no verão de 2025, 12 grandes cidades do continente como Milão e Barcelona registaram cerca de 2300 mortos. 

Trabalhos de investigação mostram que as soluções de ar condicionado poderão reduzir este número, destaca o Instituto Internacional do Frio (IIF). Em 2022, o relatório do Lancet Countdown sobre saúde e alterações climáticas já evidenciava que o acesso ao ar condicionado permitiu evitar cerca de 195 mil falecimentos, nomeadamente entre pessoas idosas com mais de 65 anos. No entanto, o aumento da procura por equipamentos de climatização traz novos desafios. O estudo do Imperial College London indica que, durante ondas de calor, a procura energética atual na Alemanha é cinco vezes superior à registada em 1979.

Esta mesma tendência não dá sinais de abrandar. Segundo o IIF, cerca de 20 % dos agregados familiares europeus estão equipados com ar condicionado, e este valor poderá duplicar até 2050. O instituto destaca também diversos métodos de arrefecimento passivo que podem oferecer alternativas mais sustentáveis, como o isolamento, o sombreamento e a ventilação natural. 

Newsletter Avac Magazine

Receba quinzenalmente, de forma gratuita, todas as novidades e eventos sobre aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração.


Ao subscrever a newsletter noticiosa, está também a aceitar receber um máximo de 6 newsletters publicitárias por ano. Esta é a forma de financiarmos este serviço.