Apresentado modelo para transpor para a EPBD
NASTUH ABOOTALEBI UNSPLASH
A proposta surge após ter sido reformulada a Diretiva de Desempenho Energético de Edifícios (EPBD), no ano de 2024. Pretende ser uma ferramenta para a transposição nacional o mais homogénea e harmoniosa possível da EPBD em cada um dos países da UE.
O Grupo de Ventilação Nordic, a Associação EUROVENT e a Federação Europeia do Ar, Ventilação e Ar Condicionado (REHVA) apresentaram uma proposta de modelo de regulamento para a qualidade ambiental interior, com base no Level(s) (Quadro Europeu para Edifícios Sustentáveis).
A proposta tem o objetivo de promover ambientes internos saudáveis e, ao mesmo tempo, minimizar o uso de energia. Os números e soluções apresentadas servem de exemplo para os países europeus.
O modelo apresenta soluções para os requisitos mínimos no conforto térmico, a qualidade do ar interior (QAI) e o ruído, de forma a evitar efeitos adversos à saúde, conforto e bem-estar das pessoas.
Requisitos mínimos propostos para o conforto térmico
A EPDB regulamenta que a temperatura de uma sala numa zona ocupada em edifícios não residenciais deverá respeitar o intervalo de temperatura de 20°C a 24°C nas estações quentes e entre os 23 a 26º graus celsius nas estações frias. Os edifícios residenciais devem respeitar o intervalo de temperatura entre os 20°C e 25°C nas estações quentes e os 22°C a 26°C nas estações frias.
Os valores para redimensionar o sistema de arrefecimento devem ser mais altos da faixa de conforto durante a estação fria.
Para evitar o desconforto térmico local deve-se evitar as correntes de ar, a assimetria da temperatura radiante. A diferença vertical de temperatura do ar e a temperatura da superfície do piso devem ser considerados no projeto de edifícios e sistemas AVAC.
O modelo aponta como solução o controlo por sensores de DCV ( (Demand-Controlled Ventilation), com base na especificidade do espaço interior. Por exemplo, através das taxas de circulação do ar é definida a temperatura tendo em conta o espaço e número de pessoas presentes numa sala.
Proposta no âmbito da qualidade do ar interior
A regularização das temperaturas nos edifícios residenciais deve ser monitorizada de acordo com as exigências dos parâmetros do QAI, o que não é viável economicamente como indica a proposta apresentada. A monitorização e controlo dos sistemas de ventilação permite regular o ar de forma a manter o CO2 aceitável e os níveis de humidade recomendados, de acordo com a norma EN 15665:2024 que estabelece critérios para avaliar o desempenho de sistemas de ventilação residenciais.
A solução encontrada no modelo para controlar a exigência na qualidade do ar ambiental interior é o controlo dos sistemas da DCV por multisensores que permitem definir o intervalo da temperatura mais alta e a mais baixa ao mesmo tempo. Porém, as associações que apresentam a proposta alertam para os custos avultados.
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