REDI4HEAT analisa as políticas energéticas de cinco países europeus

FOTO SANG-EUN KIM/ UNSPLASH

Christina Genet

Durante um webinar online, o consórcio examinou os objetivos energéticos de cinco Estados-Membros no domínio do aquecimento e arrefecimento com base em energias renováveis, nomeadamente Portugal, Grécia, Polónia, Croácia e Alemanha.

O projeto europeu REDI4Heat reuniu-se, no passado dia 24 de junho, no âmbito de um webinar online, para explorar o desenvolvimento do aquecimento e arrefecimento renováveis na Europa. O consórcio já desenvolveu ferramentas digitais para apoiar os atores regionais e nacionais na implementação das diretivas europeias em matéria de ambiente e energia. A Heat Transition Toolbox é uma dessas ferramentas, e deverá ajudar os Estados-Membros a lançar a sua transição energética no setor do calor, adaptada à sua própria escala. 

Durante o encontro online, Rosie Christodoulaki, do Centro Helénico para as Fontes de Energia Renovável e Poupança de Energia (CRES), fez uma apresentação sobre os planos nacionais de energia e ambiente, bem como os desafios específicos de cinco países europeus, incluindo Portugal, Grécia, Polónia, Croácia e Alemanha. 

Discrepâncias entre objetivos e implementação

Com uma meta de 72,2 % de energias renováveis nos edifícios até 2030, os objetivos da Grécia ultrapassam largamente as metas europeias, que se situam nos 49 %. A eletrificação e a implementação de bombas de calor desempenham um papel significativo na estratégia grega. A Polónia apresenta um plano que se aproxima dos objetivos europeus, prevendo uma eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e um aumento da quota de energias renováveis no setor residencial. 

Portugal, por sua vez, tem vindo a melhorar as suas metas de consumo energético. Mantém-se acima da média europeia em termos de consumo final, e aproxima-se dos objetivos da UE no que respeita à quota de fontes de energia renováveis utilizadas no aquecimento e arrefecimento. Sugere-se um alinhamento sólido entre capacidades e ambições, analisa Rosie Christodoulaki. 

Determinar prazos para a eliminação dos combustíveis fósseis

A estratégia nacional da Croácia revela grandes esforços, no entanto, a quota de energias renováveis utilizadas no aquecimento e arrefecimento continua abaixo da média europeia, o que poderia ser colmatado com mais investimentos em infraestruturas e programas de apoio nessa área. A Alemanha, atualmente a principal economia do continente, melhorou significativamente os seus objetivos de consumo energético, mas continua atrasada na sua implementação.

Rosie Christodoulaki conclui que os cinco países analisados demonstram tendências positivas, como uma maior transparência, alinhamento com a legislação europeia e estratégias abrangentes. A próxima etapa será ultrapassar as discrepâncias entre objetivos e implementação, colmatar os mecanismos de financiamento insuficientes e definir prazos concretos para a eliminação dos combustíveis fósseis. 

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