Fórum Técnico SCI S&P

CONTEÚDO PATROCINADO

A S&P, líder mundial em ventilação, promoveu no dia 21 de maio, no Sana Myriad Crystal Center, em Lisboa, a realização de um importante evento técnico, dedicado ao controlo de fumos em túneis e edifícios de grande ocupação.

Esta jornada técnica contou com a participação, colaboração e experiência de algumas das mais relevantes associações, instituições, empresas e profissionais especializados da área da ventilação e da segurança contra incendio, tendo registado um auditório que traduziu uma adesão e presença significativa de projetistas, nomeadamente no âmbito do Fórum Tecnico denominado Controlo de Fumos em Tuneis e Edifícios de Grande Ocupação.

Na verdade, contando com a presença de um distinto painel de oradores, em que se fizeram representar várias entidades com enorme experiencia, entre as quais podemos destacar a Ordem dos Engenheiros, LNEC, APSEI, SFPE, ENB, DA e AM, marcando uma experiencia alargada dos vários oradores com a colaboração de um experiente e riquíssimo painel, que a S&P enquanto patrocinador completou com a sua experiencia de fabricante de referencia mundial, permitindo assim partilhar conhecimentos e ideias nesta importante temática da Segurança contra Incêndios, em que é cada vez mais determinante estudar, analisar, discutir, aprender e ajustar as normativas e as boas praticas e realidade que vivemos, de modo a assegurar sobretudo a segurança das pessoas, e obviamente a proteção dos bens.

Depois da nota de boas-vindas promovida pela direção de Portugal em nome da S&P Ventilation Group, agradecendo a presença e participação de oradores e auditório, Carlos Barbas destacou a importância crescente desta temática da Segurança contra incêndios, que por si só justificou desde logo uma adesão deveras relevante dos principais projetistas e players desta área.

A primeira parte do evento foi moderada pelo Eng.º Carlos Fernandes, representante da Ordem dos Engenheiros, que destacou na sua introdução a importância de falar da segurança contra incêndios em termos de ventilação, num contexto em que Lisboa planeia a construção de um túnel sob o Tejo para ligar a capital à margem sul, aliviando assim a circulação na ponte 25 de abril. De igual modo foi referenciada uma realidade que revela que a principal causa de incêndios em túneis são as colisões de veículos, sendo por isso fundamental garantir infraestruturas seguras e adequadas. 

Seguidamente seguiu-se uma abordagem à evolução das normativas europeias, apresentada pelo Eng.º Miguel del Moral, Diretor do Departamento de Projetos da Soler & Palau, que complementarmente preside e integra comissões formadas para a criação, desenvolvimento e adaptação das normativas europeias do sector. Assistiu-se ao enquadramento europeu da SCI e projeções futuras, onde até neste campo, a eficiência energética tem uma posição de relevo, tendo sido destacado que 40% do nosso consumo de energia destina-se aos edifícios, e que por isso, com edifícios pouco eficientes desperdiçamos muita energia. Neste sentido, a melhoria do desempenho energético passa, por exemplo, pelo isolamento térmico, pelo uso de energia solar, pelo armazenamento de energia ou ainda pelos veículos elétricos. No entanto, estes aspetos acrescentam novos desafios, nomeadamente o risco de incêndio aumentado, uma vez que, para as pessoas, o maior risco não é diretamente o fogo, mas sim a inalação do fumo resultante. O desenvolvimento de métodos de ventilação adequados parece, neste contexto, incontornável. 

Seguidamente, o Eng.º João Viegas, em representação do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, realizou uma apresentação sobre as regulamentações e avaliações dos sistemas de ventilação, tendo explicado a importância da cadeia de responsabilidades relativas aos túneis, desde a autoridade administrativa até à entidade inspetora, passando pela entidade gestora, para garantir uma boa manutenção das infraestruturas. Na verdade, sendo uma realidade que muita coisa pode acontecer ao longo da vida de um túnel, foi aproveitada a oportunidade para partilhar alguns exemplos de dificuldades operacionais que poderiam ter sido evitadas. Para concluir, e como todos sabemos, é certo que as diretivas europeias estabelecem princípios de segurança que devem ser respeitados, sendo responsabilidade dos engenheiros e restantes especialistas encontrar as respostas adequadas.

Na parte da manhã, tivemos ainda a oportunidade para uma interessante apresentação, desta feita promovida pelo Professor Jorge Saraiva, da Dinâmica Aplicada, sobre o projeto de túneis e gares ferroviárias subterrâneas, que mereceu justificada atenção pelo auditório.

Seguidamente, ainda antes da conclusão do tema da manhã, foi apresentado um case-study por parte do Eng.º Dirceu Santos em representação da APSEI, tendo sido explanadas e relevadas as principais considerações a ter no projeto de túneis, com a experiência de um caso real em cujo projeto teve oportunidade de colaborar profissionalmente.

Na parte de tarde, tivemos como tema o Controlo de Fumo em Edifícios de Grande Ocupação, com o programa a ser conduzido pelo Eng.º Carlos Ferreira de Castro, da Action Modulers.

Depois de abertos os trabalhos, o Arquiteto Paulo Prata Ramos, em representação da SFPE, promoveu uma apresentaçao na qual efetuou o enquadramento nacional da regulamentação da SCIE, tendo referenciado algumas das limitações da atual portaria técnica e apontado o caminho para um método mais científico, em que a prioridade de projetar sistemas de proteção com base no desempenho deverá ser uma solução técnica a ponderar.

Seguidamente este método de projeto com base no desempenho, foi desenvolvido e aprofundado pelo Eng.º João Viegas que referiu as grandes vantagens desta abordagem, como alternativa ao método prescritivo, habitualmente aplicado em Portugal.

De igual modo foi destacado por ambos a necessidade de uma análise e participação construtiva no reajustamento da norma, por força da necessidade de reajustar métodos à aprendizagem que vem sendo proporcionada pela experiência e investigação proporcionada pelo decurso dos tempos.

Finalmente, antes da abertura ao debate final, foram promovidas duas últimas intervenções pelo Eng.º Miguel Cejudo da SPVG. A primeira versando as vantagens da aplicação de sistemas de controlo de fumo em edifícios, com recurso a softwares de simulação dinâmica e as melhorias possíveis de alcançar em projetar com recurso a algumas normas europeias mais atualizadas do que o regulamento técnico aplicado em Portugal, em analise e certamente em breve discussão e revisão, demonstrando mais uma vez as vantagens do projeto com base no desempenho em sistemas de segurança.

Na segunda apresentação foi abordada a pressurização de escadas e vias de evacuação, temas não menos relevantes em termos de segurança contra incendio.

No final, assistimos a uma mesa redonda, contando na sua formação com o Eng.º Joao Viegas do LNEC, Arqº Prata Ramos da SFPE, Eng.º Jose Silva da ENB, Eng.º Miguel Cejudo da SPVG e Eng.º Jorge Pinto da S&P Portugal, tendo sido debatidos profundamente os temas apresentados, momento durante o qual todos os profissionais presentes, tiveram oportunidade de partilhar experiências, esclarecer dúvidas e contribuir desta forma para enriquecer o conhecimento geral de todos os presentes neste Fórum Tecnico sobre Controlo de Fumos, que por todos foi reconhecido como um forte contributo para a discussão e construção da necessidade do dialogo construtivo na melhoria das normas, para melhorar a eficácia das soluções e sobretudo a segurança e eficiência dos sistemas.

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