Estudo promove fogões elétricos para melhorar a qualidade do ar interior

FOTO ALONDAV/ PIXABAY
Christina Genet
A exposição ao dióxido de azoto gerado ao cozinhar com gás ou propano aumenta os riscos pela saúde humana e favorece o aparecimento de asma ou cancro do pulmão.
Os fogões elétricos conseguem reduzir significativamente a poluição do ar interior nas habitações. Um estudo liderado pela Universidade de Stanford e publicado na revista científica PNAS Nexus a 2 de dezembro chegou a esta conclusão.
Um fogão a gás ou propano expõe os utilizadores a grandes quantidades de dióxido de azoto – um poluente que aumenta o risco de desenvolver asma, doenças pulmonares obstrutivas e cancro do pulmão, afirmam os autores. Já um fogão elétrico diminui cerca de 25 % da exposição ao dióxido de azoto nos utilizadores nos EUA, onde o trabalho de investigação foi realizado.
Para realizar o estudo, os investigadores combinaram medições da qualidade do ar interior com dados sobre a qualidade do ar exterior, características de 133 milhões de habitações e amostragens estatísticas do comportamento dos ocupantes. A partir destes dados, conseguiram identificar as fontes dos poluentes a que os seres humanos – neste caso, os residentes nos EUA – estão expostos e os respetivos efeitos na saúde.
Os resultados mostraram que, para cerca de 22 milhões de pessoas, cozinhar com gás provoca níveis de dióxido de azoto que ultrapassam os limites de segurança recomendados a longo prazo, enquanto a exposição ao ar exterior por si só não seria suficiente para tal. As áreas rurais são particularmente afetadas, com as exposições a curto prazo mais elevadas, dado que a poluição proveniente do fogão a gás ocorre em rajadas concentradas.
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