Empresas adotam medidas para reduzir consumo energético na climatização

O uso eficiente de energia relacionado com a iluminação interior e exterior e climatização, a adoção de equipamentos com menor consumo de energia e a instalação progressiva de unidades de produção de eletricidade para autoconsumo, são já medidas desenvolvidas proactivamente pelas empresas associadas da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) para promover a eficiência energética nos espaços do retalho e distribuição.
O compromisso do setor com a sustentabilidade tem sido materializado em medidas de poupança energética que, na última década, permitiram reduzir até 30 por cento o consumo de eletricidade por metro quadrado de área de venda.
A promoção da eficiência energética nos espaços comerciais constitui um objetivo estratégico das empresas associadas da APED. Este objetivo tem sido materializado em iniciativas de promoção de boas práticas junto dos colaboradores e dos consumidores a que se tem juntado a implementação de iniciativas ambiciosas, “que colocam o setor na linha da frente do combate às alterações climáticas em que o Roteiro para a Descarbonização do Setor da Distribuição recentemente apresentado ao público, é um bom exemplo”, referiu a APED em comunicado divulgado.
As empresas associadas da APED já têm desenvolvido de forma voluntária medidas de ecoeficiência, indo além das recomendações dadas a conhecer pelo Governo com o Plano de Poupança de Energia 2022-2023.
Entre as medidas implementadas numa fração significativas de lojas destacam-se a regulação das temperaturas dos equipamentos de climatização interior, salvaguardando questões de conforto para clientes e colaboradores nos espaços; a manutenção de portas e janelas fechadas sempre que o sistema de climatização estiver ligado, incluindo para edifícios de comércio e serviços sempre que tenham espaços com entrada direta para a rua; e os sistemas de climatização permanecem desligados durante os períodos em que não é necessária a utilização dos espaços.
Também estão a ser reguladas as temperaturas de refrigeração e frio industrial em conformidade com as utilizações e níveis de segurança alimentar; colocadas portas ou cortinas em arcas de frio numa parte significativa de lojas, de modo a evitar o consumo excessivo de energia; e instaladas unidades de produção de eletricidade para autoconsumo, com recurso a fontes de energia renovável, e de sistemas solar térmico para aquecimento de água.
Outras medidas incluem desligar iluminação interior e exterior após o encerramento da atividade das loja, substituir iluminação interior e exterior por iluminação de tecnologia LED de alto desempenho energético e instalar regulador de fluxo luminoso de sistemas luminotécnicos.
Para o diretor-geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier, “a promoção da eficiência energética é há muito uma realidade no setor da distribuição, procurando sempre um equilíbrio com a salvaguarda da segurança alimentar, o bem-estar dos consumidores e o desempenho mais sustentável dos espaços comerciais”.
“Assumimos de bom grado que devemos dar o exemplo na poupança de energia e temos procurado fazer mais e melhor, indo inclusive além das recomendações dadas pelo Governo. Importa, no entanto, que medidas extraordinárias para fazer à situação excecional vivida em termos energéticos tenham em conta as especificidades da nossa atividade e constituam iniciativas de duração limitada e que sirvam também para sensibilizar os consumidores”, acrescentou o responsável.
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