Vendas de bombas de calor caíram em 2024 na Europa

FONTE EHPA

Em 2024, as vendas de bombas de calor em 14 países-chave da Europa caíram, em média, 22 % em comparação com 2023, sendo o Reino Unido o único país a registar um crescimento. Estes são dados de um relatório apresentado este mês pela EHPA.

Em Portugal não se registou nenhuma queda entre 2023 e 2024, mas também não houve crescimento.

Os 14 países-chave, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Espanha, Suécia, Reino Unido, representam cerca de 90 % do mercado europeu, elevando o total de bombas de calor instaladas na Europa para 26 milhões.

As tendências anuais de vendas de bombas de calor nestes países entre 2014 e 2022 mostraram um crescimento contínuo, passando de 0,7 milhões de unidades em 2014 para 2,8 milhões em 2022. No entanto, as vendas caíram para 2,6 milhões em 2023 e desceram ainda mais para 2 milhões em 2024, marcando um grande retrocesso após uma década de expansão.

No total, foram vendidas 2,2 milhões de bombas de calor em 2024 nesses 14 países em comparação com 2,8 milhões em 2023. Isto eleva o total de unidades instaladas para cerca de 26 milhões, desacelerando a transição do mercado de aquecimento dos combustíveis fósseis para as bombas de calor.

A queda nas vendas teve repercussões significativas para a indústria das bombas de calor, que tinha aumentado a capacidade de produção em 2022 e 2023. Pelo menos 4000 empregos foram perdidos, e mais de 6000 trabalhadores foram afetados pela redução de horas ou outros impactos. A indústria apoia atualmente cerca de 170 000 empregos diretos na Europa e novas quedas nas vendas podem levar a cortes adicionais.

Porque é que houve uma queda tão acentuada?

De acordo com especialistas nacionais há três razões principais. Primeiramente, os governos alteraram os esquemas de apoio às bombas de calor, abalando a confiança dos consumidores. Para além disso, regista-se uma economia estagnada e a crise do custo de vida. Por último, o baixo preço do gás subsidiado.

A partir da queda nas vendas, é crucial reconhecer a importância de manter e aumentar a procura por bombas de calor, especialmente tendo em conta o seu papel na transição energética limpa da Europa.

Para acelerar a transição para um aquecimento e arrefecimento limpos, são necessárias políticas de longo prazo claras e estáveis. Um roteiro que elimine os sistemas de aquecimento a combustíveis fósseis e priorize a eletrificação através das bombas de calor irá desenvolver uma maior confiança entre consumidores e fabricantes. Além disso, garantir que a eletricidade utilizada para as bombas de calor se mantenha competitivamente precificada, através da redução do IVA, da oferta de incentivos financeiros para famílias de baixos rendimentos e da harmonização da tributação energética, ajudará a tornar a tecnologia mais acessível e económica.

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