Influência da temperatura na eficácia da desinfeção de tubagens poliméricas e de aço inoxidável (316L) utilizando dióxido de cloro
- 31 dezembro 2023, domingo
- Gestão
Fotografia: Pixabay_Pexels
O dióxido de cloro (ClO2) é um poderoso e versátil desinfetante, utilizado em inúmeras indústrias e edifícios de serviços em processos relativos a tratamento de água, devido ao seu forte potencial oxidante. Este composto é bastante eficaz contra um largo espetro de micro-organismos, incluindo bactérias, fungos ou protozoários[1]. Funciona através da destruição de estruturas celulares, pela sua oxidação, afetando cadeias reacionais como sistemas enzimáticos, ou atingindo diretamente o material genético destes agentes patogénicos. Além disso, o ClO2 possui uma excelente capacidade de penetração e difusão, permitindo que chegue a todos os locais de uma tubagem.
Os sistemas de transporte em análise serão em tubagens poliméricas e de aço inoxidável (316L). As primeiras consistem em associações de polímeros como polietileno (PE) ou policloreto de vinilo (PVC), eles próprios associações de monómeros, estruturas químicas com a mesma composição e orientação que se associam através de reações em cadeia. As principais caraterísticas das tubagens produzidas com este tipo de materiais são a sua elevada resistência à corrosão e a compostos químicos diversificados, assim como uma elevada vitalidade. No que respeita à temperatura, vários materiais poliméricos possuem propriedades de isoladores térmicos inerentes, com a sua baixa condutividade térmica, que ajuda a reduzir as perdas de calor dos fluidos que transportam.
No caso das tubagens de aço inoxidável (316L), são formadas através de ligações metálicas e possuem diversos componentes como Níquel e Crómio. As suas caraterísticas mais vantajosas são precisamente a resistência à corrosão, derivada da presença de uma camada passiva protetora na superfície do material, assim como elevadas propriedades mecânicas, como a resistência à tensão e fadiga. (...)
Por Paulo Oliveira, engenheiro mecânico, e Francisco Oliveira, licenciado em Bioengenharia
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